quinta-feira, 19 de julho de 2012

Edamame e Natto (base Soja) - Culinária Japonesa

Edamame é um preparado feito com grãos de soja ainda dentro da vagem, comumente encontrado no Japão, Havaí, China e Coreia. As vagens são fervidas em água junto com condimentos (como sal) e servidas inteiras. Fora da Ásia Oriental o prato costuma ser encontrado em restaurantes japoneses e em alguns chineses, e é considerado uma comida saudável. O nome japonês edamame, que costuma ser usado para se referir ao prato, significa literalmente "galho de feijão" (eda = "galho", e mame = "feijão"), e se refere aos grãos jovens de soja colhidos com seus galhos. Edamame também pode significar o prato fervido em sal, um popular acompanhamento servido em izakayas japoneses, com diversas variedades locais sendo servidas de acordo com a estação. O sal é extremamente importante para o edamame; no Japão o arajio é a variedade de sal preferida, por ser um sal marinho natural. O sal a ser usado no prato é então umedecido na salmoura, o que o carrega de sabores minerais e oceânicos. No chinês, os grãos de soja jovens são chamados de maodou (pinyin: máodòu, literalmente ‘feijão peludo’), e cada grão individualmente é conhecido como maodoujia. Como a maneira mais costumeira de servi-lo é após fervê-lo, o prato normalmente é identificado através de um nome descritivo, como "maodou fervido" ou "maodou fervido no sal", dependendo da maneira de preparo. Na Coreia, o edamame é chamado de kong, um termo geralmente usado para todos os tipos de feijão. A primeira referência sólida ao vegetal data do ano de 1275, quando o célebre monge japonês Nichiren Shonin escreveu uma nota agradecendo um fiel pelo presente de "edamame" que este havia deixado no templo. Os grãos de soja verdes das vagens são colhidos antes que amadureçam. As extremidades das vagens podem ser cortadas antes de serem fervidas na água ou cozidas no vapor. O modo de preparo mais comum usa o sal, que pode tanto ser dissolvido na água antes das vagens serem introduzidas, quanto adicionado depois do cozimento. O edamame é servido normalmente depois de esfriar, porém também pode ser consumido ainda quente. Outros condimentos utilizados podem ser o jiuzao (pinyin: jiǔzāo, literalmente ‘sedimento de vinho’), feito a partir dos resíduos altamente fermentados de grãos que sobram da destilação do vinho de arroz, utilizado para acrescentar fragrância e sabor. Algumas receitas também usam a pimenta de Sichuan, para dar mais gosto, bem como o pó de cinco especiarias. Além de serem consumidos inteiro, os grãos podem ser servidos como um molho; sachês com tempero para molho de edamame podem ser encontrados em diversos mercados de comida asiática e oriental. Natto é um alimento tradicional japonês feito de soja fermentada, popularmente degustado no café da manhã. Sendo rico em proteínas, o natto foi uma fonte vital de nutrição no Japão feudal. Para alguns, o natto é único devido ao seu poderoso cheiro, sabor forte e consistência pegajosa. No Japão o natto é mais popular nas regiões orientais, incluindo Kanto, Tohoku e Hokkaido. Fontes divergem sobre a origem do natto. Os materiais e ferramentas necessárias para produzir o natto tem sido comumente disponíveis no Japão desde tempos remotos. Uma fonte coloca a primeira utilização do natto no período Jomon (10000-300 BC). De acordo com outras fontes do produto podem ter origem na China durante a dinastia Zhou (1134-246 aC). Existe também a história de Minamoto no Yoshiie que estava em uma batalha no nordeste do Japão entre 1086 e 1088, quando um dia eles foram atacados enquanto destila soja para os seus cavalos. Eles apressadamente embalaram as sementes, e não abriram a palha até alguns dias mais tarde, altura em que as sementes já haviam sido fermentadadas. Os soldados comeram e gostaram do sabor, oferecendo alguns a Yoshiie, que também o aprovou. Uma terceira fonte coloca a origem do natto sendo mais recentemente, no período Edo (1603-1867). É possível também que o produto foi descoberto independentemente por várias pessoas em momentos diferentes. Uma mudança significativa na produção de natto aconteceu no período Taisho (1912-1926), quando pesquisadores descobriram uma forma de produzir a cultura do Bacillus natto sem a necessidade da palha. Esta maneira simplificada no processo de produção permitiu resultados mais consistentes. No passado, trouxinhas feitas de palha de arroz eram recheadas com os grãos de soja cozidos no vapor e depois guardadas em ambientes quentes e úmidos. Isso resultava na fermentação causada pela bactéria que vive na palha de arroz, o Bacillus natto. Durante a fermentação, as proteínas e os glicídios da soja se decompõem, produzindo os inconfundíveis fios de natto, que podem ser esticados até 6 metros. O natto é mais comumente comido no café da manhã para acompanhar o arroz, possivelmente com alguns outros ingredientes, por exemplo, molho de soja, tsuyu, mostarda, daikon ralado, quiabo, ou um ovo cru de codorna. Em Hokkaido e Tohoku (norte da região), algumas pessoas comem o natto com açúcar. Ele também é comumente usado em outros alimentos, tais como sushi, temaki, sopa de miso, salada, como um ingrediente no okonomiyaki, ou até mesmo com espaguete ou fritos. Sua forma seca possui pouco odor e pode ser comido como um lanche nutritivo. Existe também o sorvete de natto. Hoje em dia, o natto é industrializado em fábricas automatizadas, onde a quantidade ideal de Bacillus natto é borrifada sobre os grãos de soja cozidos no vapor. Em seguida, máquinas transferem a soja para recipientes pequenos. Uma esteira rolante leva-os para o armazenamento, onde a temperatura e os níveis de umidade controlados são ideais para a fermentação e a maturação da soja. Depois de ser embalado, o natto está pronto para ser comercializado.

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Olha a onda aiiii gente....

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