segunda-feira, 6 de abril de 2009

Guaraná


O Guaraná é um arbusto originário da Amazônia, encontrado no Brasil e Venezuela, cultivado principalmente no município de Maués AM e na Bahia. Seu nome científico é Paullinia cupana Kunth e pertence a família Sapindaceae. O nome Paullinia foi atribuído por Lineu ao género a que pertence o guaraná em homenagem ao médico e botânico alemão Simon Pauli. É também conhecido por uaraná, narana, guaranauva, guaranaina, guaraná cerebral e guaraná-da-amazônia.

O seu fruto possui grande quantidade de cafeína (chamada de guaraína quando encontrada no guaraná) e devido a suas propriedades estimulantes é usada na fabricação de xaropes, barras, pós e refrigerantes. Tem casca vermelha e quando maduro deixa aparecer a polpa branca e suas sementes, assemelhando-se com olhos. Na região próxima ao município de Maués, onde é cultivada, os índios da nação saterê-mawé têm lendas sobre a origem da planta.

Em Portugal, produzem-se refrigerantes de guaraná desde o final da década de 1990, sendo inicialmente importados do Brasil. O refrigerante de guaraná mais vendido do mundo é o Guaraná Antarctica, produzido desde abril de 1921 no Brasil.
O guaraná é um estimulante, que aumenta a resistência nos esforços mentais e musculares, diminui a fadiga motora e psíquica. Por meio da cafeína que possui, o guaraná produz maior rapidez e clareza do pensamento, retarda a fadiga, não tonifica o coração, leve afrodisíaco.

Provê maior vitalidade do organismo, regula o ritmo cardíaco, tônico potente. Energético, estimulante, adstringente (que contraem os tecidos), tônica e estimulante do apetite, diurético (facilita a urinar mais) e anti-diarreico (contra diarréia). Entretanto, se ingerida em excesso, provoca efeitos colaterais como insônia, azia e dependência.

As tribos de Munducurucânia eram as mais prósperas dos índios. Venciam todas as guerras, as pescas eram ótimas, os peixes, os melhores, e a doença era rara. Tudo isso por causo de um curumim , que há alguns anos nascera naquela tribo.

Ele era o mais protegido de todos. Nas pescas era acompanhado por muitos - os pescadores desviavam dos rios as piranhas, jacarés ou qualquer outro perigo. Mas, certo dia, toda a segurança foi embora: o Gênio do Mal apareceu em forma de cascavel e feriu o garoto. A tribo entrou em lamentação e em desespero.
Tupã, o Deus dos índios, atendeu a todo aquele lamento e disse:

- Tirem os olhos do curumim e plantem-no na terra firme, reguem-no com lágrimas durante 4 luas e ali nascerá a "planta da vida", ela dará força aos jovens e revigorará os velhos.

Os pajés não duvidaram, arrancaram e plantaram os olhos do curumim e regaram com lágrimas durante quatros luas.

Nasceu ali uma nova planta, travessa como as crianças, com hastes escuras e sulcadas como os músculos dos guerreiros da tribo. E quando ela frutificou, seus frutos de negro azeviche, envoltos de um arilo branco com duas cápsulas de cor vermelho-vivas.

Diziam os índios:
- É a multiplicação dos olhos do príncipe!
E o fruto trouxe progresso da tribo. Ajudou os velhos e deu mais força aos guerreiros.

O processo de processamento do xarope da fruta iniciou-se no Brasil em 1905 por Luiz Pereira Barreto, um médico da cidade de Resende, Rio de Janeiro. Em 1906 é lançado pela F. Diefenthaller, uma fábrica de refrigerantes de Santa Maria, Rio Grande do Sul, o Guaraná Cyrilla, e, em 1921, o Guaraná Champagne Antarctica, pela empresa homônima.

Na Sérvia e em outros países do Leste Europeu, fabrica-se uma bebida energética à base de guaraná, comercializada com este nome, mas que em vez de ser refrigerante tem sabor azedo e efeito cardioacelerador.

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Olha a onda aiiii gente....

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