quinta-feira, 26 de março de 2009

Porquê o URUCUM é excelente para a saúde

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Camilo Flamarion de Oliveira Franco (diretor técnico da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba S.A. e autor do livro Urucum - Sistemas de Produção para o Brasil), apresentou na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), a palestra "O agronegócio do urucum em Minas Gerais".

Para um auditório repleto de pesquisadores, estudantes, empregados e moradores da região Nordeste de Belo Horizonte (onde está localizada a EPAMIG) o pesquisador destacou os recentes resultados das pesquisas relativas ao urucum, também chamado de "ouro vermelho", que fornece as sementes para o "colorau" ou "colorífico", muito utilizado na culinária doméstica, inicialmente, mas, hoje também utilizado na culinária industrial, sendo o pigmento natural mais utilizado pela indústria de alimentos.

O urucum está presente na Carta de Pero Vaz de Caminha a D. Manoel I, Rei de Portugal, em 22 de abril de 1509: "Creia V. Majestade, a verdadeira mina do Brasil, são uns ouriços que os índios trazem nas mãos para colorir o corpo. Os ouriços são cheios de grãos vermelhos, pequenos, que, esmagados entre os dedos, fazem tintura muito vermelha, da que eles andam tintos; e quanto se mais molham mais vermelhos ficam." Urucum tem o nome científico Bixa orellana L.. Em Tupi-Guarani, é "URU-KU" e significa "vermelho". Hoje em dia é conhecido como urucum, urucu, açafrão e açafroa.

Aspectos agronômicos da planta urucum
É um arbusto que pode alcançar de 2 a 9 m de altura;
É planta ornamental, utilíssima como;
Fornecedora de sementes condimentares;
Estomáticas, laxativas, antiinflamatórias para as contusões e feridas;
Apresenta emprego interno na cura das bronquites, febres, doenças do peito, e externo, nas queimaduras;
Suas folhas têm ação contra as bronquites, faringites e inflamação dos olhos;
Da polpa que envolve as sementes se obtém valiosa matéria tintorial amarela e/ou vermelha, dependendo da cultivar, chamada "BIXINA".
Normalmente, as raízes são utilizadas na medicina popular no combate às bronquites e doenças respiratórias.
Condições edafoclimáticas para o urucum

Clima
Amplitude térmica: 22° a 27° C;
Temperatura ideal: 25° C;
Precipitação pluviométrica: 800 a 1200 mm/ano;
Precipitação ideal: ³ 1000 mm (bem distribuídas);
Umidade relativa do ar: em torno de 80%;
Altitude: desde o nível do mar até 1200 m;
Altitude ideal: entre 100 a 800 m (>teor de bixina);
Ventos: frios e fortes, podem causar prejuízos.

Solo
Preferencialmente de boa drenagem;
Fertilidade natural variando de média a alta;
pH entre 5,5 e 7,0;
Bons níveis de cálcio e magnésio;
Ausência de alumínio, principalmente;
Topografia plana ou ligeiramente ondulada.

De acordo com o pesquisador, depois do infarto do miocárdio e da violência, o Câncer é a terceira maior causa de mortes no mundo. "Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano 2020 o Câncer vai aumentar em até 50% em todo o nosso planeta. Atualmente, 20 milhões de pessoas vivem com Câncer no mundo. Deste total, 10 milhões morrem anualmente", disse. Dados do Instituto Nacional do Câncer do Brasil, mostram que em 2007 foram registrados 470 mil novos casos de Câncer, sendo 232.000 em homens e 238.000 em mulheres. O Câncer de Próstata matou 49.500 homens; o de Mama matou 49.400 mulheres; o de Pulmão matou 27.200 pessoas; o de Colo de Útero matou 18.620 pessoas; o de Estômago matou 30.600 pessoas. Dos 470 mil novos casos de Câncer registrados no ano de 2007 no Brasil, 130 mil terminaram em óbitos. Entre 1979 e 2003, a taxa de mortalidade cresceu 30% e os gastos do Governo Federal aumentaram em 103% de 2000 a 2005. "E onde entra o urucum neste contexto? Dentre os corantes naturais, a Bixina exerce um papel fundamental na redução do Câncer, principalmente o do Estômago. Para tanto, basta que haja conscientização das pessoas, na reeducação dos hábitos alimentares", destaca.

A Bixina é o pigmento vermelho ou alaranjado, dependendo da cultivar, presente em maior concentração nas sementes do URUCUM, representando mais de 80% dos carotenóides totais. Os índios utilizavam a Bixina para coloração da pele para embelezamento; para se protegerem dos raios solares e para se protegerem contra picadas de insetos. Os corantes naturais são todos os compostos orgânicos que têm a capacidade de absorver, seletivamente, a luz, adquirindo intensa coloração, que confere aos corpos aos quais se adere. Quimicamente, corantes são apenas substâncias capazes de colorir, de modo irreversível uma matriz. De todos os corantes naturais utilizados no mundo, cerca de 70% provêm da Bixina do urucum e 50% de todos os ingredientes naturais que têm função corante nos alimentos.

Por que colorir os alimentos?

De acordo com o pesquisador, por vários motivos:

Restituir a aparência original do alimento, cuja cor foi afetada durante as etapas do processamento, estocagem, embalagem ou distribuição, o que poderia comprometer sua aceitação no momento do consumo;

Tornar o alimento visualmente mais atraente, ajudando a identificar o aroma normalmente associado a determinados produtos e conferir cor àqueles descoloridos;

Reforçar cores já presentes nos alimentos.

A cor como um fator de escolha: é o primeiro quesito de qualidade do produto;

Sugestões visuais permitem a identificação do alimento e por experiências anteriores evocam sensações sensoriais.

A cor é a primeira característica de um alimento a ser observada;
A cor pode indicar o aroma;
A cor pode dar informação sobre a qualidade e estado do alimento;

Da percepção humana, 87% são captados pela visão, 9% pela audição e as 4% restantes, pelo olfato, paladar e tato. Segundo Camilo Flamarion, o consumo crescente dos corantes naturais está sendo favorecido pela tendência ecológica, bem como, pela nova maneira de conceber os produtos industrializados, isentos de aditivos, principalmente nos alimentos, verificados em diferentes regiões do mundo. Dos carotenóides presentes nas sementes do urucum, 80% correspondem a Bixina, e sua concentração se altera com a cultivar, clima, solo e manejo. Os carotenóides são classes de moléculas oxidáveis, amarelas, alaranjadas ou vermelhas, lipossolúveis, comuns em vegetais e essenciais como precursores da síntese da vitamina A em animais.

A Bixina na indústria
Compram sementes de urucum (kg)
R$ 0,80 a R$ 1,00/Ponto de Bixina
Vendem Bixina cristalizada (90%) corantes especiais
Kg= R$ 300,00

Vendem concentrado (%) de Bixina pó/kg/produto
60%= R$ 15,00 80%= R$ 20,00 100%= R$ 25,00

Venddem extrato oleoso (%) para colorífico/litro
5%= R$ 13,00 8%= R$ 20,00 10%= R$ 26,00

Fonte: Christian Hansen-SP, 2007.

Urucum na agroindústria

Farmacêutica: De acordo com o pesquisador, o urucum é utilizado como detector do Câncer de Mama, no fabrico de remédios contra febres e gripes, queimaduras, tosses e asmas, cápsula para bronzeamento, clareamento dental. Também é encontrado como antioxidante: Geranilgeraniol e Tocotrienois - bloqueia o efeito danoso dos radicais livres e são os responsáveis pelo retardamento do envelhecimento das células.

Têxtil: No tingimento de tecidos - tintas e verniz.

Cosméticos: É utilizado na produção de shampoos, condicionadores, delineadores líqüidos, esmaltes, sombras, bronzeadores, corretivo maquiagem, base líqüida, contorno para lábios, tintura para cabelos, rímel, lápis olho, perfumes, etc.

Alimentos: Na produção de margarinas, lingüiças, salsichas, manteigas, queijos, queijo do reino, sorvetes, doces, recheios, molhos, sopas, temperos, bombons, salames, recheios de biscoitos, produtos de panificação, hambúrgueres, massas, iogurtes, sobremesas em pó, cereais, queijo processado light, cereais em barra, sorvete light.

O urucum é uma planta originária da América do Sul, mais especificamente da região amazônica. Seu nome popular tem origem na palavra tupi "uru-ku", que significa "vermelho". De suas sementes extrai-se um pigmento vermelho usado pelas tribos indígenas brasileiras e peruanas como corante e como protetor da pele contra os raios solares intensos. Hoje ele é usado amplamente na indústria alimentícia como corante de diversos produtos.

A empresa Aveda Cosméticos de Rio Branco (AC) vem negociando com comunidades indígenas a extração do pigmento azul do jenipapo bem como o fornecimento e o processamento do urucum para aplicação na formulação de cosméticos. Os índios Yawanawa, no Acre foram os primeiros a fazer um acordo com a Aveda. Teriam recebido US$ 150 mil pôr seu trabalho no fornecimento de urucum. Já os índios Guarani-Kayowa, do Mato Grosso do Sul, teriam obtido US$ 51 mil dólares na extração do azul do jenipapo.

Os índios iauanauá vivem em três aldeias no Oeste acreano, uma das regiões mais recônditas da Floresta Amazônica. De Tarauacá, o povoado mais próximo, até a reserva indígena, são dez dias de barco. Mesmo no isolamento de matas e rios, eles estão conectados ao comércio mundial. Desde 1995, os iauanauá são fornecedores exclusivos de urucum para a Aveda, empresa de cosméticos naturais dos Estados Unidos, comprada recentemente pela francesa Estée Lauder.

O urucum iauanauá é usado na fabricação de um batom especial, vendido na Europa e nos Estados Unidos como produto genuinamente natural e de alta qualidade. O pó do urucum está sendo testado ainda num tipo específico de condicionador de cabelo. A inusitada parceria surgiu de forma casual, num encontro na Rio-92 entre o então presidente da Aveda, Horst Rechelbacher, e o cacique Biraci Brasil que, à época, presidia a Organização dos Agricultores e Extrativistas Iauanauá do Rio Gregório. Numa reunião de representantes de organizações não-governamentais, o jovem e ambicioso líder dos iauanauá reclamou da falta de alternativas econômicas dos índios brasileiros.

Horst, que estava na platéia, decidiu propor a parceria. Em 95, provando que o mundo está globalizado, a primeira safra do urucum iauanauá estava sendo remetida à fábrica da Aveda, em Mineápolis (EUA). Pelo contrato firmado entre as duas partes, a empresa se compromete a comprar todo o urucum produzido pelos índios. Os iauanauá produzem em média três toneladas de urucum por ano, num terreno de 13 mil hectares, dentro da reserva indígena do Rio Gregori. Os índios vendem as sementes por US$ 2,40 o quilo, mas o pó do produto é repassado à empresa americana por US$ 16 por quilo - preço do mercado internacional. A diferença é que o urucum dos iauanauá é considerado imbatível em grau de pureza. Parte da renda do comércio e do financiamento a fundo perdido feito pela Aveda desde 93 foi destinada à construção de escola e posto de saúde e à compra de uma máquina de separar sementes do urucum e de um sistema de uso de energia solar.

A Organização Iauanauá, em Tarauacá, ganhou computador e fax e só não foi conectada à Internet porque a cidade, de 26 mil habitantes, não tem provedor. No início da década, os iauanauá eram pouco mais de 200. Hoje, são mais de 400. Famílias que depois de tentarem a sorte na cidade ou em outras áreas rurais começaram a voltar à tribo, quando descobriram que as condições de vida ali estavam melhorando. Mas nem tudo é festa. O sistema de energia solar está desativado e, não faz muito tempo, a Aveda reclamou da má administração dos R$ 250 mil investidos na tribo desde 93. Para a empresa, nem todos os índios eram beneficiados.

Os Yawanawá e os Katukina são da mesma família étnico-lingüística Pano. Ambos dividem mais de 92 mil hectares de terra no rio Gregório. O primeiro contato dos Yawanawá com os brancos brasileiros foi no final do século passado, quando os nordestinos vieram explorar a borracha na Amazônia. O segundo contato foi na década de 70, com os integrantes das Missões Novas Tribos do Brasil.

Cannabis sativa (Marihuana)

Cannabis sativa é uma planta herbácea da família das Canabiáceas (Cannabaceae), amplamente cultivada em muitas partes do mundo. As folhas são finamente recortadas em segmentos lineares; as flores, unissexuais e inconspícuas, têm pêlos granulosos que, nas femininas, segregam uma resina; o caule possui fibras industrialmente importantes, conhecidas como cânhamo; e a resina tem propriedades psicoativas bem documentadas podendo actuar como analgésico, anódino, antiemético, antiespasmódico, calmante do sistema nervoso, embriagador, estomático, narcótico, sedativo, tônico.

O principal produto comercializado, hoje em dia, é a maconha, que é classificada como ilegal em muitos países do mundo.

Os primeiros registros históricos do uso da Cannabis sativa para fabricação de papel, datam de 8000 anos a.C, na China. Depois os chineses descobriram e desenvolveram outras formas de uso da planta, principalmente para produção de artigos textêis e medicina. Mais tarde, outras sociedades, como os gregos, romanos, africanos, indianos e árabes também aproveitaram as qualidades da planta, fosse ela consumida como alimento, medicina, combustível, fibras ou fumo. Entre os anos de 1000 a.C. até meados do século XIX, a maconha e o cânhamo produziam a maior parte dos papéis, combustíveis, artigos textêis e sendo, dependendo da cultura que a utilizava, a primeira, segunda ou terceira medicina mais usada.

Sua grande importância histórica se deve ao fato da maconha ter a fibra natural mais resistente e forte do que todas as outras, podendo ser cultivada em praticamente qualquer tipo de solo.

Da China, ela se espalhou para a Índia, o Oriente Médio, o Norte da África. De lá desceu rumo à África Subsaariana e subiu até a Europa, via Turquia. O frio europeu parece ser uma das razões pelas quais a erva não era fumada no continente. Os princípios ativos da planta, THC e canabidiol, se desenvolvem em quantidade maior em ambientes quentes e ensolarados durante a maior parte do ano. Fumar maconha não fazia sentido para os europeus de antanho, porque não fazia efeito algum.

Em tempos passados a maconha somente poderia ser "colhida" na Europa e em regiões circunvizinhas no período entre setembro e dezembro. Na década de 90 iniciou-se o cultivo artificial da maconha, quando foi introduzida uma nova técnica, utilizando luzes artificiais como as de vapores de sódio e as multi-vapores (mercúrio e outros gases componentes). Durante este período (década de 90), os estudos e investimentos na cannabis cresceram tanto que hoje existem milhares de empresas no mundo que se dedicam dia a dia no melhoramento genético desta planta. Ação esta que proporcionou a existência de uma infinidade de tipos de cannabis, centenas de Híbridos, Sativas, Índicas.

Este táxon inclui plantas selvagens ou feral. Com a ausência da pressão seletiva, estas plantas perderam muitos dos traços que haviam sido selecionados originalmente para e aclimataram-se as suas localidades. As plantas deste tipo são frequentemente baixas, pouco ramificada e breve-florações.

As plantas têm geralmente níveis baixos dos Cannabinoides e uma relação baixa de THC para CBD, sendo assim, pouco usadas como materia prima de drogas. Entretanto, as assim camadas, variedade de droga “indica” é freqüentemente o resultado do cruzamento com as “ruderalis” para produzir as plantas que combinam um índice mais elevado de THC, resistente e com a altura reduzida da “ruderalis”.

O termo “ruderal” foi usado originalmente na União Soviética, inicialmente para descrever as populações de canhamo que tinham escapado do cultivo e se adaptaram as região circunvizinha. As plantas deste tipo são difundidas por toda a Europa central e Oriental, incluindo Lituânia, Bielorrússia, Letónia e Estónia.

As populações similares podem ser encontradas na maioria das áreas onde o cultivo do canhamo foi predominante. A região onde ela é mais notoria na America do Norte é o meio-oeste, embora as populações ocorrem ocasionalmente por todo os Estados Unidos e o Canadá.

As variedades para droga e as selvagens da "sativa" de folhas estreitas são nativas ao subcontinente Indiado, sendo também cultivadas em África, na América Central e do sul, na bacia do Caribe e no outro regiões produtoras de marijuana. Estas variedades são geralmente altas, ramificadas e com amadurecimento relativamente tardio.

Foram substituídos em sua maior parte por híbrido, assim chamada "indica/sativa", para o cultivo comercial, pois os híbridos rendem uma maiores colheita em um período de tempo mais curto.

As variedades de folhas largas são tradicional cultivadas na India, no Afeganistão, e no noroestes Paquistão para a produção do haxixe, e podem ter sua origim no Hindu Kush ou na cordilheira de montanhas do Tian Shan. Devido ao clima frequentemente severo e inconstante daquelas regiões, estas variedades e suas selvagens são mais adaptadas para o cultivativo em clima temperado.

As plantas deste tipo são relativamente baixas, cónicas, e densamente ramificada, tendo o limbo foliar characteristicamente largos, e tendem a produzir uma relação mais baixa de THC para CBD do que as variedades folhas estreitas, embora muitas variedades disponíveis comercialmente sejam manipulada geneticamente para produzir níveis relativamente elevados de THC e níveis baixos de CBD, o qual não é psicoativo, alguns usuários relatam terem mais um sensação de “apedrejamento” e menos de um efeito “alto” do desejado da droga, destas variedades comparadas às variedades de folhas estreitas. As diferenças no índice terpeno do óleo essencial podem esclarecer algumas destas diferenças.

Frequentemente propôs-se que este táxon fosse reconhecido como uma espécie distinta, a Cannabis indica. entretanto, mais recentemente, com base na análise genética, morfologica e análises químiotaxonomica, foi atribuído as variedades de folhas estreitas e folhas largas, que são o "biotipo" para droga, assim como a oriental do sul e da oriente da Asia e as populações selvagens do Himalaia , a C. indica.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Viveiro Saputá e sitio FRUTAS RARAS


Quando começou a plantar frutíferas e colecionar espécies desconhecidas, em Campina do Monte Alegre (SP), o fruticultor Helton Josué Teodoro Muniz já costumava anotar o máximo de informações sobre cada uma delas, como origem, história e finalidade.

Hoje, 14 anos depois, o resultado de todo esse trabalho pode ser conferido no recém-lançado livro Colecionando frutas - 100 espécies de frutas nativas e exóticas (Arte & Ciência Editora).

Muniz é proprietário do Sítio Frutas Raras e conhecido como um dos maiores colecionadores de frutas nativas e exóticas do País. No livro, as cem espécies selecionadas possuem ficha técnica, com informações sobre história, descrição botânica, práticas culturais (cultivo, clima, solo, adubação, podas, pragas e doenças), usos e propriedades nutricionais, propriedades medicinais, receitas e curiosidades. Os 36 capítulos são divididos por famílias e as 500 fotos que ilustram a obra foram feitas pelo próprio Muniz. "Há imagens da planta, da flor, do fruto, da polpa e da semente de cada uma."

Entre as 100 espécies - 68 nativas e 32 exóticas -, a curiosidade fica por conta de frutíferas raras no Brasil, como dovialis, cambucá, taiuva, marolo, cruá e fruta-cofre, mas mesmo espécies conhecidas vêm com informações históricas curiosas.

A banana, por exemplo, que é a fruta mais consumida do mundo, além de ser prática, higiênica e saborosa, recebeu esse nome por causa da semelhança do fruto com um dedo e do cacho com uma mão. "Possivelmente foram os gregos e árabes que descobriram o fruto em suas viagens à Índia e chamavam-na de ?banána?, que significa dedo em árabe", informa o produtor, no livro.

Foram dois os critérios de escolha das frutas que compõem o livro. O primeiro era que a espécie estivesse em produção no pomar e o segundo, que fossem nativas da região, para facilitar o trabalho de pesquisa. "O livro levou cinco anos para ficar pronto, mas as informações começaram a ser levantadas quando comecei o pomar, há 14 anos", conta.

Para Muniz, o principal atrativo do livro são os dados históricos. "Conto como a espécie exótica foi introduzida aqui, relato as primeiras impressões de quem esteve no País sobre determinadas frutíferas e falo sobre o valor de cada fruta para a região de origem."

O livro está sendo vendido pela internet e custa R$ 145 (até 30/3, com frete incluso); depois, será vendido por R$ 175. Pedidos no site www.colecionandofrutas.org.

LOCALIZAÇÃO DO VIVEIRO SAPUTÁ E SITIO FRUTAS RARAS:
Primeiro: Localizar a Rodovia Raposo Tavares Km 215. Para quem vem de São Paulo, poderá pegar a rodovia Castelo branco até a cidade de Tatuí, seguindo pela SP Vias até Itapetininga, ao passar por essa cidade (no fim dela existe um posto da Policia Rodoviária na esquerda da pista, ao andar aproximadamente 1,5 km deve entrar a direita na Rodovia indicada (tem uma placa bem grande indicando) – Saída 168-A.

Daí vai percorrer mais 60 km, passar os trevos da Cidade de Angatuba e Campina do Monte Alegre, prosseguindo por mais 5 km encontrará um posto de gasolina na esquerda da Pista, continuando por mais 3,5 km chegará no Km 215 da Raposo Tavares, onde tem um pontilhão que deve ser cruzado Á esquerda, daí é só andar mais 3 km em estrada de terra, onde encontrará placas indicativas (Viveiro de mudas Saputá) e Sitio Frutas Raras.

ENTÃO ENCONTRARÁ A ENTRADA E A PRAÇA “VIVEIRO DE MUDAS SAPUTÁ – SEJA BEM VINDO.”
Endereço para correspondência:
Helton Josué
Caixa postal-23
CEP 18245-970 - Campina do Monte Alegre - SP
Tel: 15 – 8132 -5140
E-mail: frutasraras@uol.com.br

O projeto colecionando frutas é de iniciativa particular e não recebe nenhum financiamento do governo ou empresas privadas. E você que visita esta pagina está convidado a pegar uma carona nesse projeto. Para isso você não precisa preencher formulários cheio de regras e tampouco precisa pagar uma taxa mensal ou anual de associação.

O quê você precisa fazer?
Basta ser curioso e dedicar um pouco de seu tempo para observar a flora de sua região, olhando beiras de estrada, matas ciliares, ou mesmo pequenos agrupamentos de arvores que sobrevivem ao desmatamento. Talvez você encontre ali uma fruta que poderá matar a fome de milhões de pessoas no futuro!

Mais como você vai conhecer a fruta, qual seu nome, para quê serve?

É simples, basta tirar uma foto da flor, do fruto e ou das sementes e enviar para o e-mail frutasraras@uol.com.br que eu terei o prazer de identificar a espécie sem cobrar nada. A única coisa que lhe peço é que você plante as sementes dessa fruta e se você desejar cultivar outras frutas raras, eu poderei enviar sementes (mais de 100espécies para escolher) produzidas em meu pomar em troca de sua descoberta interessante. Veja a lista de sementes para troca ou venda.

Poderá contatar-me pelos telefones: (0xx15) 8132 5140

Quais serão os benefícios?
Serão muitos, o primeiro é que você estará observando a natureza e mais perto de Deus e isso sem duvida lhe trará um sentimento inigualável de paz e satisfação ao estar cuidando da natureza ou criações divinas.

Segundo, se começar a fazer isso, não conseguirá parar mais e outras pessoas vão aprender com você e as matas e vegetação visitada por você estarão protegidas e com o tempo poderá falar com os proprietários e mostrar-lhes as riquezas que tem no mato, o que sem duvida vai motivá-lo a preservar.

Os resultados?
Virão a médio, curto e longo prazo, podendo a sua fruta encontrada ser um recurso genético para a fruticultura nacional e o crescimento econômico de nosso país.

Outro resultado é que a fruta que você encontrar vai melhorar a sua saúde ao ingeri-la e quem sabe esta não tenha um principio medicinal que cure uma das doenças que tanto nos afetam!

Nessa empreitada você vai precisar de apoio e ajuda, por isso conte com a experiência do autor desse projeto que tem a obra Colecionando Frutas v-1 a venda para ensina-lo a cultivar e bem aproveitar as frutas e produz uma infinita variedade de mudas frutíferas nativas e exóticas para venda.

Ao comprar o livro ou as mudas, você estará dando ajudando a manter o projeto, pois 60% do dinheiro arrecadado com as vendas é destinado a tudo o que está envolvido no resgate das frutas nativas e estudos relacionados. Os visitantes do sitio frutas raras vêem por si só que o autor do projeto leva uma vida simples e abnegada, isenta da mesquinhez e luxo que é mantida à custa de se sacrificar a natureza.

Será um prazer ter o seu contato e criamos amizades sinceras com o objetivo de preservar para conhecer e conhecer para preservar nossas frutas nativas!

Não deixe de participar desse projeto!

Pavão - Frango à Passarinho



Turma, olhando essas fotos... com fome... veio uma vontade de comer frango à passarinho...

Agora pergunto porque o nome do prato de frango à passarinho... já é uma AVE, ora poís!

Frango à Passarinho

1 unidade(s) de frango inteiro em pedaços grandes
quanto baste de sal
quanto baste de alho frito(s)
quanto baste de salsinha picada(s)

Tempere os pedaços de frango com sal e frite por 15 a 20 minutos em fogo bem forte, para que fique crocante. Vá mexendo de vez em quando até dourar, retire o frango e escorra. Salpique com alho frito e salsinha picada.

ritual de acasalamento dos pavões; Peacock mating

Frango à Passarinho no Alho
1 unidade(s) de frango inteiro Sadia
12 dente(s) de alho
quanto baste de azeite
quanto baste de sal

Use o pacote pronto do frango a passarinho disponível no mercado ou corte um frango (recomendável) pelas juntas e depois em pedaços menores, de mais ou menos 5 cm (deixe com a pele). Numa vasilha, amasse a metade do alho junto com o sal até que adquira a consistência de pasta. Vá despejando o azeite doce e batendo com um garfo, emulsionando até que a mistura vá crescendo e formando um creme. Esfregue generosamente essa pasta nos pedaços de frango e deixe apurar na geladeira por no mínimo 2 horas. Esquente o óleo numa frigideira funda e frite os pedaços até sapecar bem a pele do frango. Fica um pouco queimadinho. Vá colocando numa vasilha com papel absorvente e reserve em lugar aquecido. Pegue a outra metade do alho e pique bem miúdo. Após fritar todos os pedaços de frango, coloque um pouco de óleo novo numa frigideira, ponha o alho picado numa escumadeira e deixe submergir um pouco no óleo bem quente até dourar. Despeje o alho frito sobre os pedaços de frango e sirva imediatamente. Se desejar, salpique também cebolinha e/ou coentro picadinhos.



Clareamento dentário tem efeito colateral



Produtos podem provocar a morte da polpa, a parte viva do dente, e facilitar as fraturas

Pâmela Oliveira

O preço de ter dentes brancos como os de personagens de comerciais de TV pode ser alto. Estudo da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) concluiu que produtos para clareamento dentário podem causar danos à polpa — a parte viva do dente —, e também aos ossos e ao ligamento periodontal, que une o dente à estrutura óssea.

“Alguns produtos clareadores chegam a atingir a polpa dentária, causando reações que podem incluir a morte dela”, explica a professora de Odontologia da faculdade, Márcia Carneiro Valera, que orientou o trabalho de mestrado da dentista Ana Raquel Benetti. Feitos à base de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e peróxido de carbamida, esses produtos são aplicados na superfície externa do dente e desencadeiam reações químicas que levam à ação clareadora.

“Quando ocorre a morte da polpa, os dentes ficam mais frágeis e mais suscetíveis a fraturas. Além disso, o paciente perde a sensibilidade, o que dificulta, por exemplo, que se note a presença de cáries e outros problemas”, diz Márcia.

A maior preocupação, afirmam os dentistas, é com o tratamento feito em casa, em que a pessoa usa uma moldeira que encaixa nos dentes e usa um produto clareador. “Eu não indico isso porque sem o acompanhamento de um profissional o risco é muito maior e podem ocorrer danos irreversíveis à polpa”, afirma Márcia. De acordo com Ana Raquel, um dos riscos é de o produto atingir os tecidos que sustentam os dentes, como o osso e o ligamento periodontal.

Estudos da Unesp constataram ainda que o uso de fontes de luz durante o clareamento não aumenta a eficácia do procedimento. “O uso da luz não melhora em nada o resultado final. O efeito imediato parece melhor porque o dente fica mais seco e, por isso, parece mais branco”, diz Márcia. “Além disso, quando se aplica laser o risco para a polpa é ainda maior porque ela não suporta um aumento de temperatura maior do que 5 graus centígrados e o laser pode provocar um aumento maior”, diz, acrescentando que a saída para manter dentes mais claros é evitar o cigarro, café e vinhos tintos.

Os antigos sabiam disto...


Um tomate tem quatro câmaras e é vermelho. O coração é vermelho e têm quatro câmaras. Toda a investigação mostra que o tomate é de fato um puro alimento para o coração e circulação sanguínea.

As uvas crescem em cacho que tem a forma do coração. Cada uva assemelha-se a uma célula sanguínea e toda a investigação hoje em dia mostra que as uvas são também um alimento profundamente vitalizador para o coração e sangue.

Uma noz parece um pequeno cérebro, com hemisférios esquerdo e direito, cerebelos superiores e inferiores. Até as rugas e folhos de uma noz são semelhantes ao neo-cortex. Agora sabemos que as nozes ajudam a desenvolver mais de 3 dúzias de neuro-transmissores para o funcionamento do cérebro.

Os feijões realmente curam e ajudam a manter a função renal e sim, são exatamente idênticos aos rins humanos.

Uma fatia de cenoura parece um olho humano. A pupila, íris e linhas raiadas são semelhantes ao olho humano... e SIM, a ciência agora mostra que a cenoura fortalece a circulação sanguínea e o funcionamento dos olhos.

O aipo, bok choy, ruibarbo e outros são idênticos a ossos.
Estes alimentos atingem especificamente a força dos ossos. Os ossos são compostos por 23% de sódio e estes alimentos tem 23% de sódio. Se não tiver sódio suficiente na sua dieta o organismo retira sódio aos ossos, deixando-os fracos. Estes alimentos reabastecem as necessidades do esqueleto.

Beringelas, abacates e pêras ajudam à saúde e funcionamento do ventre e do cervix femenino - eles são parecidos com estes órgãos. Atualmente a investigação mostra que quando uma mulher come um abacate por semana, equilibra as hormonas, não acumula gordura indesejada na gravidez e previne cancros cervicais.

E que profundo é isto?... Demora exatamente 9 meses para um cultivar um abacate de flor a fruta. Existem mais de 14 000 componentes químicos fotolíticos em cada um destes alimentos (a ciência moderna apenas estudou e nomeou cerca de 141).

Figos estão cheios de sementes estão pendurados aos pares quando crescem. Os figos aumentam a mobilidade e aumentam os números do esperma masculino, assim como ajudam a ultrapassar a esterilidade masculina.

As batatas doces são idênticas ao pâncreas e de facto equilibram o índice glicémico de diabéticos.

Azeitonas ajudam a saúde e funcionamento dos ovários.

Toranjas, laranjas e outros citrinos assemelham-se a glândulas mamarias femininas e realmente ajudam à saúde das mamas e à circulação linfática, dentro e fora das mamas.

As cebolas parecem células do corpo. A investigação atual mostra que a cebola ajuda a limpar materiais excedentes de todas as células corporais. Até produzem lágrimas que lavam as camadas epiteliais dos olhos...

Capacidade mental começa a diminuir


Uma pesquisa de cientistas americanos sugere que a capacidade mental de uma pessoa começa a deteriorar aos 27 anos, marcando o início do processo de envelhecimento.
Timothy Salthouse, da Universidade de Virgínia, descobriu que raciocínio, agilidade mental e vizualização espacial entram em declínio perto dos 30 anos de idade, depois de chegar ao auge aos 22.

Ele acredita que tratamentos que têm o objetivo de amenizar o processo de envelhecimento deveriam começar mais cedo.

O estudo, publicado na revista Neurobiology of Aging, foi feito ao longo de sete anos e incluiu 2 mil pessoas saudáveis com idades de 18 e 60 anos.

Os participantes tiveram que resolver quebra-cabeças, lembrar-se de palavras e detalhes de histórias, além de identificar padrões em grupos de letras e símbolos.
Os testes são os mesmos já utilizados por médicos para procurar sinais de demência.

Em nove dos 12 testes realizados, a média de idade dos indivíduos que tiveram o melhor desempenho foi de 22 anos.

A idade em que se observou uma piora marcante no desempenho dos participantes em testes de agilidade mental, raciocínio e habilidade para resolver quebra-cabeças visuais foi 27.

Funções como a memória ficaram intactas até os 37 anos, em média, e as habilidades baseadas no acúmulo de informações, tais como desempenho em testes de vocabulário e conhecimentos gerais, aumentaram até os 60 anos de idade.

Segundo Salthouse, os resultados sugerem que "alguns aspectos do declínio da função cognitiva em adultos com boa saúde e nível de instrução começam aos 20 e poucos ou 30 e poucos anos”.
http://www.bbc.co.uk/portuguese

Passatempos podem adiar perda de memória, diz estudo

Um estudo feito nos Estados Unidos afirma que ter um passatempo como ler livros, costurar, tricotar ou até se divertir com jogos de computador pode adiar a perda da memória associada à idade avançada.

Os pesquisadores da Clínica Mayo, do Estado de Minnesota, analisaram cerca de 200 pessoas entre 70 e 89 anos com leves problemas de memória e compararam estas pessoas com um grupo que não apresentava os sintomas.

Aqueles que, na meia idade, se ocuparam com leitura, jogos ou em hobbies como costura ou tricô, apresentaram 40% menos risco de ter o problema.

Anos depois, estas mesmas atividades reduziram o risco entre 30% e 50%.

"Este estudo é empolgante, pois demonstra que o envelhecimento não precisa ser um processo passivo", disse o autor do estudo e neurocientista Yonas Geda.

"Simplesmente ao fazer um exercício cognitivo você pode se proteger contra perda de memória no futuro", disse o pesquisador, salientando que mais pesquisas são necessárias para confirmar as descobertas.

As conclusões da pesquisa serão apresentadas em uma reunião da Academia Americana de Neurologia neste ano.

Televisão
O estudo descobriu também que assistir televisão não conta como atividade para adiar a perda de memória. Na verdade, segundo o estudo, passar períodos longos em frente à televisão pode acelerar a perda de memória.

No grupo pesquisado pelos cientistas da Clínica Mayo, os que assistiram televisão por menos de sete horas por dia também mostraram uma probabilidade 50% menor de desenvolver perda de memória do que aqueles que passavam um tempo maior do que este.
Para Sarah Day, chefe de saúde pública da Sociedade Britânica de Alzheimer, existe uma grande necessidade de encontrar formas de evitar a demência.

"Exercitar e desafiar seu cérebro, ao aprender novas habilidades, fazer atividades como palavras cruzadas e até aprender um novo idioma, pode ser divertido."

"Mas é necessário fazer mais pesquisas, acompanhando as pessoas por mais tempo, para entender se estas atividades podem reduzir o risco de demência", disse.
http://www.bbc.co.uk/portuguese

Trabalhar demais 'aumenta risco de demência', diz estudo

Uma pesquisa liderada por cientistas finlandeses sugere que excesso de trabalho pode aumentar o risco de declínio mental e, possivelmente, de demência.

Demência é um termo genérico que descreve a deterioração de funções como memória, linguagem, orientação e julgamento. Existem vários tipos de demência, mas o mal de Alzheimer, com dois terços dos casos, é a forma mais comum.

O estudo analisou 2.214 funcionários públicos britânicos de meia idade e descobriu que aqueles que trabalhavam mais de 55 horas por semana tinham menos habilidades mentais do que os que faziam o horário normal.

A pesquisa, divulgada na publicação científica American Journal of Epidemiology, descobriu que os que trabalhavam demais tinham problemas com a memória de curto prazo e lembrança de palavras.

Ainda não se sabe a razão de o excesso de trabalho causar estes efeitos no cérebro.
Mas os pesquisadores afirmam que os fatores mais importantes podem incluir o aumento de problemas do sono, depressão, estilo de vida prejudicial à saúde e o aumento do risco de doenças cardiovasculares, possivelmente ligados ao estresse.

"As desvantagens das horas extras devem ser levadas a sério", afirmou a pesquisadora que liderou a pesquisa Marianna Virtanen, do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional.

Efeito cumulativo
Os funcionários públicos que participaram do estudo fizeram cinco testes diferentes para avaliar a função mental, uma vez entre 1997 e 1999 e novamente entre 2002 e 2004.
Os que faziam mais horas extras tiveram pontuações menores em dois dos cinco testes, que avaliavam raciocínio e vocabulário.

Os efeitos eram cumulativos, quanto mais longa a semana de trabalho, piores eram os resultados nos testes.

Os empregados que trabalhavam em excesso tinham menos horas de sono, relatavam mais sintomas de depressão e consumiam mais bebidas alcoólicas do que os que trabalhavam apenas no horário normal.

O professor Mika Kivimäki, que também trabalhou na pesquisa afirmou que os cientistas vão continuar com o estudo.

"É particularmente importante examinar se os efeitos são duradouros e se o excesso de trabalho pode levar a problemas mais graves como demência".

Cary Cooper, especialista em estresse no local de trabalho na Universidade de Lancaster, Grã-Bretanha, afirmou que já se sabe há algum tempo que trabalhar em excesso de forma regular pode prejudicar a saúde em geral, e agora este estudo sugere que também pode haver danos ao funcionamento mental.

"Isto deve enviar uma mensagem aos empregadores de que insistir que as pessoas trabalhem em excesso na verdade não é bom para os negócios", disse.

"Mas a minha preocupação é que em uma recessão as pessoas trabalhem mais. (...) As pessoas irão para o trabalho mesmo se estiverem doentes, pois querem mostrar comprometimento e garantir que não sejam os próximos funcionários demitidos", acrescentou.

http://www.bbc.co.uk/portuguese

sexta-feira, 6 de março de 2009

As 20 melhores cachaças

Essa velha história de reunir um juri e proclamar os melhores não é muito digna de fé, todavia aqui vai uma primeira orientação.

RANKING DA CACHAÇA

Reunimos os maiores especialistas do Brasil para eleger as 20 melhores aguardentes

Por Willian Vieira:

Cada vez mais, o Brasil deixa de ser o único país do mundo a se envergonhar do seu destilado. A boa e velha cachaça há muito deixou de ser uma bebida sem valor. Hoje é apreciada em confrarias, tem admiradores mundo afora e já conta com legislação específica. Fatores que, combinados, impulsionam um mercado promissor, com lucro de até 600 milhões de dólares ao ano.

São mais de 5 mil marcas de cachaça legalizadas no Brasil e uma produção de cerca de 1,4 bilhão de litros ao ano. Nessa conta estão desde cachaças artesanais que levam anos para ficarem prontas e podem custar até 500 reais a garrafa, até pingas industriais produzidas em algumas horas e vendidas a 2 ou 3 reais.

Um abismo não só de preço, mas principalmente de qualidade. Dizer qual cachaça tem sabor mais intenso, melhor buquê, melhor aroma e, em especial, qual realmente vale o que se paga por um vinho importado (embora raramente custe tanto) não é tarefa simples.

Por isso, reunimos 13 experts no assunto e pedimos que eles votassem nas melhores cachaças do Brasil. Apurada a votação, levamos o químico especialista em destilados Erwin Weimann, autor do livro Cachaça: a Bebida Brasileira, à Universidade da Cachaça, em São Paulo, onde, ao lado do chef Sérgio Arno, dono da casa, ele degustou e comentou cada uma das 20 escolhidas. Confira aqui quais são, segundo os bons entendedores, as melhores aguardentes do país.

20º Lugar Volúpia
Procedência: Alagoa Grande, PB
Graduação alcoólica: 42%
Envelhecimento: descansada um ano em freijó
Bebida de sabor forte e bastante pronunciado, a paraibana Volúpia é uma das duas representantes das cachaças nordestinas na votação dos especialistas. É descansada em freijó, uma madeira típica do Nordeste, raramente usada por outros produtores
e que pouco interfere na bebida, o que explica a cor branca dessa aguardente.

19º Lugar GRM
Procedência: Araguari, MG
Graduação alcoólica: 41%
Envelhecimento: dois anos em carvalho, umburana e jequitibá-rosa Cachaça envelhecida de excelente equilíbrio e harmonia. A combinação de três madeiras suaviza a força da umburana e proporciona um sabor palatável, puxado para o amargo.

18º Lugar Seleta
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 42%
Envelhecimento: dois anos em umburana
Envelhecida em umburana, a Seleta é um bom exemplo da presença dessa madeira, que empresta um gosto acre, forte e persistente por muito tempo. Recomendada aos que gostam de sabores intensos.

17º Lugar Abaíra
Procedência:Chapada Diamantina, BA
Graduação alcoólica: 42%
Envelhecimento: três anos em carvalho
Límpida e brilhante, com aroma suave. Nela prevalece o carvalho, que virou um símbolo de qualidade entre destilados, por causa dos whiskies e cognacs.

16º Lugar Lua Cheia
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 45%
Envelhecimento: entre dois e três anos em bálsamo
Das mais típicas de Salinas. O bálsamo confere a ela uma cor dourada e cintilante, além de trazer um sabor amadeirado e levemente apimentado.

15º Lugar Mato Dentro
Procedência: São Luiz do Paraitinga, SP
Graduação alcoólica: 41%
Envelhecimento: descansada oito meses em amendoim
Na variação Prata, a escolhida pelos votantes, ela é envelhecida em tonéis de amendoim, uma madeira neutra, que interfere pouco na aguardente, e dá coloração límpida. Tem sabor e aroma delicados, próximos da cana. Quase com "cheiro de roça".

14º Lugar Corisco
Procedência: Parati, RJ
Graduação alcoólica: 45%
Envelhecimento: dois anos em carvalho
"É uma cachaça jovem, que ainda precisa envelhecer", afirmam nossos conhecedores. A combinação de muito álcool e pouco envelhecimento, característica das cachaças de Parati, resulta numa bebida forte e picante. Boa representante das pingas da região.

13º Lugar Sapucaia Velha
Procedência: Pindamonhangaba, SP
Graduação alcoólica: 40,5%
Envelhecimento: dez anos em carvalho
É do envelhecimento no carvalho que vem o sabor e o buquê acentuados. Criada em 1930, tem fama de ser produzida com extremo cuidado.

12º Lugar Indaiazinha
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 48%
Envelhecimento: oito anos em bálsamo
De cor dourada, passa por longo envelhecimento no bálsamo, o que dá a ela um sabor ligeiramente semelhante ao de amêndoa. "Para se beber de joelhos", diz Weimann.

11º Lugar Maria Izabel
Procedência: Parati, RJ
Graduação alcoólica: 44% (o rótulo indica, erroneamente, 42%)
Envelhecimento: entre um e quatro anos em carvalho
Suave, agradável, de baixa acidez. Aroma e sabor lembram a cana. Se destaca entre as cachaças de Parati pelo esmero da produtora e pelo uso do carvalho.

10º Lugar Piragibana
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 47%
Envelhecimento: 22 anos em bálsamo e carvalho
A Piragibana é harmônica, com sabor e aroma persistentes, ainda que delicados - resultado do longuíssimo envelhecimento em bálsamo e carvalho. Caso típico de influência da combinação de madeiras, aqui escolhidas por Juventino Miranda, o produtor.

9º Lugar Magnífica
Procedência: Miguel Pereira, RJ
Graduação alcoólica: 45%
Envelhecimento: três anos em carvalho
Uma cachaça equilibrada. Apesar dos 45% de graduação alcoólica, a Magnífica é uma bebida suave, que desce fácil e apresenta buquê simples de cana jovem. Sua cor límpida é mais um destaque.

8º Lugar Armazém Vieira
Procedência: Florianópolis, SC
Graduação alcoólica: 44%
Envelhecimento: quatro anos em ariribá
O ariribá, madeira do litoral catarinense pouco usada no armazenamento de cachaças, tem interferência mínima na bebida e permite que ela envelheça sem afetar o gosto da cana. Desce macia, segundo os especialistas, pois o frescor da cana equilibra bem com a madeira.

7º Lugar Casa Bucco
Procedência: Passo Velho, RS
Graduação alcoólica: 40%
Envelhecimento: dois anos em bálsamo e carvalho
Seu aroma e o sabor de carvalho são persistentes e lembram um bom brandy. É ácida e um pouco forte, sabores típicos de um terroir com pH elevado. Para quem gosta de carvalho e de tudo o que a madeira
empresta à bebida.

6º Lugar Boazinha
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 42%
Envelhecimento: dois anos em bálsamo
Cor brilhante e viscosidade perfeita, com forte presença do bálsamo no aroma e no sabor, que persistem longamente. A Boazinha é uma clássica representante de Salinas, por causa da influência da madeira: cor bem amarelada e sabor marcante.

5º Lugar Claudionor
Procedência: Januária, MG
Graduação alcoólica: 48%
Envelhecimento: entre um e meio e dois anos em carvalho
A cidade de Januária já foi sinônimo da bebida, mas perdeu a vez para Salinas como região emblemática da cachaça mineira. A Claudionor, porém, é ótima opção para quem gosta de cachaça à moda antiga, forte, com muito gosto de cana. Para adequar-se à nova legislação, teve de reduzir seus 54% de graduação alcoólica para "apenas" 48%. Transparente, apesar de bem envelhecida, Claudionor tem buquê neutro, de cana madura e bem descansada, cujo gosto persiste na boca. É uma cachaça com corpo, equilibrada, perfeita para quem foge das madeiras.

4º Lugar Germana
Procedência: Nova União, MG
Graduação alcoólica: 40%
Envelhecimento: dois anos em carvalho e bálsamo
Facilmente reconhecida numa prateleira devido à embalagem, a garrafa da Germana é toda revestida de folhas secas de bananeira por mulheres artesãs do Engenho de Nova União. O objetivo é proteger a bebida da luz e do calor e assim manter suas características. Antes de ser engarrafada, a Germana envelhece dois anos em tonéis de carvalho e bálsamo. O resultado é uma cachaça suave, com sabor sutil, que pode agradar também ao público leigo.

3º Lugar Canarinha
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 44%
Envelhecimento: três anos em bálsamo
A procedência e o sobrenome do produtor são belas credenciais. Produzida em Salinas, a Canarinha é feita por Noé Santiago, sobrinho de Anísio Santiago, criador da famosa cachaça Havana (veja abaixo). Antes de ser embalada nas tradicionais garrafas de cerveja, ela é envelhecida por três anos em tonéis de bálsamo, o que lhe confere uma cor suave, amarelinha, e um sabor levemente apimentado, típico das aguardentes de Salinas. Para Weimann, a cor dourada como um champagne, o sabor frutado e o buquê de flores do campo e capim fazem a diferença. "É uma cachaça das mais puras, equilibrada, persistente e excelente", garante Weimann.

2º Lugar Anísio Santiago
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 44,8%
Envelhecimento: entre seis e oito anos em carvalho e bálsamo
Anísio Santiago é mais que uma cachaça - é um mito. Forte, com cheiro de madeira seca, um leve amargor que permanece na boca, sabor e aroma persistentes. "O segredo de Anísio é a combinação de madeiras diversas. Não é perfeita, é mais uma boa cachaça, um ícone a ser reverenciado", diz Weimann. E que se tornou mitológica devido a uma questão judicial: a Havana perdeu o nome e foi rebatizada como Anísio Santiago. Hoje, uma garrafa antiga de Havana chega a custar mais de 20 mil reais. "É o marketing 'cubano': 'a gente faz por gosto, dane-se o mercado, quem quiser que corra atrás'. Ainda que haja uma dúzia de cachaças tão boas quanto ela por 10% do preço", diz o jornalista Ronaldo Ribeiro, autor de várias reportagens sobre a Havana. O preço de uma Anísio Santiago varia bastante, podendo custar entre 200 e 300 reais em São Paulo. "A expectativa é tão grande que, ao provar, no primeiro gole você já está fascinado", garante Ribeiro. Tal é o sabor de uma boa história.

1º Lugar Vale Verde
Procedência: Betim, MG
Graduação alcoólica: 40%
Envelhecimento: três anos em carvalho
A campeã é uma cachaça correta em todos os sentidos. É produzida na fazenda Vale Verde que, além de engenho de cachaça, é também um parque ecológico, com visitas guiadas onde se pode conhecer os "segredos" da produção. A aguardente é equilibrada, encorpada e madura. Segundo os produtores, suas técnicas de fermentação e destilação foram baseadas naquelas praticadas na Europa para fabricação de whiskies. Isso proporciona um produto final equilibrado, estável, pronto. Os três anos em tonéis de carvalho explicam a cor dourada e o buquê marcante de madeira. É justamente esse envelhecimento que garante o equilíbrio da bebida, que desce redondinha, sem aspereza. A cana colhida no ponto certo, fruto dos solos calcários da região de Betim, a fermentação nos antigos alambiques de cobre e a criteriosa escolha dos barris de carvalho garantem a cor brilhante e o sabor adocicado persistente. Além disso, a Vale Verde tem a melhor relação custo-benefício: uma garrafa custa, em média, 30 reais.

Os jurados:

MARCELO CÂMARA
Degustador profissional e autor do livro Cachaça - Prazer Brasileiro
JOÃO BOSCO FARIA
Doutor e pesquisador em química de destilados pela Unesp e Unicamp
ERWIN WEIMANN
Químico e mestre-cervejeiro, autor do livro Cachaça: a Bebida Brasileira
MARIA JOSÉ MIRANDA
Diretora da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que coordena o Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Aguardente de Cana, Cachaça ou Caninha
PAULO MAGOULAS
Jornalista, publicitário e presidente da Academia Brasileira da Cachaça
CLÁUDIA FERNANDES
Cachaciére e presidente da Confraria do Copo Furado
MAURÍCIO MAIA
Presta assessoria e consultoria especializada para cachaçarias
RONALDO RIBEIRO
Repórter da revista National Geographic, autor de reportagens sobre Anísio Santiago
CELSO NOGUEIRA
Especialista em destilados e palestrante sobre harmonização de cachaça e charutos
MARCO ANTÔNIO MARIANO
Comanda a cachaçaria paulistana Consulado da Cachaça
SÉRGIO ARNO
Dono da Universidade da Cachaça (SP) e colecionador com mais de 1.600 garrafas
MOACYR LUZ
Músico apaixonado por cachaça
MARION BRASIL
Cachaciére carioca responsável pela carta de diversas cachaçarias do Rio de Janeiro

Os 10 mandamentos da boa cachaça
Por Sérgio Arno, Chef e Dono da Universidade da cachaça

1º MANDAMENTO
ANALISARÁS BEM O RÓTULO
Verifique o ano, a procedência, a cor, o lacre e a graduação alcoólica. Garrafa deve ser sempre transparente, pois a cor ajuda a identificar, entre outras coisas, as impurezas.

2º MANDAMENTO
NÃO TERÁS PRECONCEITO
Se de qualidade garantida, a cachaça não tem nada de "marvada". Ter preconceito é totalmente infundado.

3º MANDAMENTO
BEBERÁS SEMPRE EM TEMPERATURA AMBIENTE
A temperatura ambiente é ideal, pois mantém o aroma e o sabor intocados.

4º MANDAMENTO
DARÁS A CADA CACHAÇA SEU FIM MERECIDO
Para a mundialmente conhecida caipirinha, deve-se usar uma cachaça com teor alcoólico alto, pois o gelo dilui a bebida. E sempre branca. O sabor envelhecido não combina com a caipirinha. O mesmo tipo de cachaça, branca e forte, deve ser usado para culinária, pois o alto teor alcoólico flamba melhor. E, para beber purinha, vale a melhor cachaça, claro, envelhecida em tonéis de madeira e de boa procedência.

5º MANDAMENTO
ESTOCARÁS SEMPRE
Monte a sua adega. Mantenha as garrafas num ambiente escuro, fresco e longe da mesa, para evitar a tentação.

6º MANDAMENTO
CONHECERÁS PARA DEGUSTAR
Um pouco de conhecimento sobre o mercado e a história da cachaça ajuda a não levar gato por lebre. Salinas, por exemplo, é ícone da cachaça nacional, mas algumas marcas desconhecidas embarcam na fama e vendem pinga barata com a rubrica da cidade. Atenção às cachaças indicadas por este ranking. Livros, como o de Erwin Weimann, também ajudam.

7º MANDAMENTO
NUNCA BEBERÁS CACHAÇA SOZINHO
Cachaça é para bebericar com os amigos, é algo social. Quanto mais amigos se tem, mais cachaça na cabeça...

8º MANDAMENTO
COMBINARÁS A BOA CACHAÇA COM A BOA COMIDA
Tudo que é gorduroso vai bem com cachaça. Mas tem de ser branca, nunca envelhecida, porque o sabor da madeira compete com o do alimento. Cachaça envelhecida, só após as refeições, de preferência com um bom charuto.

9º MANDAMENTO
CONQUISTARÁS AMIGOS E MULHERES
Para impressionar, diga que cachaça envelhecida guardada no freezer ganha a viscosidade de um licor, e substitui até um bom brandy.

10º MANDAMENTO
DEGUSTARÁS, MAS NÃO SE TORNARÁS UM CACHACEIRO
As provas de cada cachaça devem ser pequenas. Mesmo. Mas não se cospe depois - seria pedir demais. Tenha sempre água, pão ou bolinho para consumir entre as provas, para limpar a boca

Antônio Jorge - Os 10 Mandamentos da Cachaça
Onde comprar:
Cia do Whisky: Tel.(11)5055-6000;
Cachaçaria Paraty: Tel.(24)3371-1054;
Cachaças do Nordeste: www.cachacasdonordeste.com.br;
Grife da Cachaça: www.grifedacachaça.com.br

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Mais saborosos cogumelos

Olha a onda aiiii gente....

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Seguindo rumo a 2012...