segunda-feira, 30 de junho de 2008

APEX = Agência de Promoção de Exportações e Investimentos


Coordenadas pela Apex, as empresas brasileiras que participaram da maior Feira de alimentos e bebidas do mundo, na Alemanha, encerraram a participação com um número surpreendente: US$ 963 milhões entre negócios imediatos e contratos futuros.

Este é o melhor resultado desde que a Apex-Brasil passou a participar de Anuga, em 2001. “O resultado ultrapassou nossas expectativas, provando mais uma vez que o produto brasileiro faz sucesso em qualquer parte do mundo”, ressaltou o presidente da Agência, Alessandro Teixeira.

Neste ano, a Apex-Brasil levou o número recorde de 150 empresas para Anuga. Foram mais de 25 tipos de produtos expostos, de água a vinhos, passando pelos molhos, geléias, lácteos e orgânicos. “É uma oportunidade para trabalhar novas idéias, inovar, aprimorar embalagens e design e quanto mais agressivo o Brasil for, melhor", destacou Teixeira.

Além das carnes e do café, a cachaça brasileira também fez sucesso entre os europeus e junto com sucos, fecharam contratos de US$ 21 milhões. É o caso da empresa gaúcha, Casa Bucco, que levou para a Alemanha a tradicional bebida feita em alambique artesanal. Para Moacir Menegotto, responsável pela empresa, o próximo passo é trabalhar o pós-feira, buscando participar de outros eventos como esse na Europa.

Ele destacou que, no ano passado, participou da SIAL, na França, com a ajuda da Apex-Brasil, e os fornecedores que conheceu neste evento o procuraram em Anuga e fecharam negócio.

Outro setor que comemorou os bons resultados foi o de laticínios. Na Feira, leite em pó, condensado e queijo conseguiram US$ 8 milhões em negócios imediatos e futuros.

O empresário da Tirolez laticínios, Cícero Alencar, lembrou que, por ter um grande mercado consumidor interno, este setor no Brasil demorou a considerar outros países como possíveis compradores. No entanto, ponderou, esta cultura está mudando e, hoje, “estamos nos adaptando e adquirindo uma visão exportadora”.

“Não temos ícones. Mostramos a diversidade brasileira”, explicou Juarez Leal, coordenador da Unidade de Imagem e Acesso a Mercados da APEX-Brasil.

Uma prova desta diversificação foi a receptividade dos produtos orgânicos brasileiros na Feira. Marcello Amaral, da Agropalma, explicou que existe uma forte demanda por estes produtos no mundo e o Brasil atingiu um alto patamar, se especializando, inclusive, no trabalho sócio ambiental. Segundo ele, Anuga foi fundamental para divulgar os orgânicos na Europa e em países não-tradicionais, como Ásia e Oriente Médio. “Atingimos países aonde dificilmente chegaríamos sozinhos”, acrescentou Amaral.

Anuga é uma feira de negócios, distribuída em 10 segmentos – orgânicos, especiarias, congelados, lácteos, carnes, bebidas, produtos de delicatessen, panificação, maquinário e equipamentos, tecnologia e serviços – e aberta somente a comerciantes:

supermercadistas, distribuidores, lojistas, atacadistas, donos de restaurantes e buffets, entre outros.

Em 2005, última edição da Feira, foram registrados mais de 158 mil visitantes, sendo 52% de países diversos e 48% alemães.

Nos cinco dias de Feira, 6.607 empresas de 95 países expuseram seus produtos numa área de 304 mil m2. “Esta excepcional participação eleva Anuga à posição de maior e mais importante feira mundial de alimentos”, declarou Wolfgang Kranz, vice-presidente da Koelnmesse (proprietária da Feira) durante a abertura oficial.

O Brasil está entre os 10 maiores participantes, ao lado da Itália, China, Espanha, Grécia, França, Holanda, Bélgica, Turquia, EUA e Tailândia.

Este ano, cresceu maciçamente a participação de empresas asiáticas que passam a usar a Anuga como ponte para fortalecer as relações comerciais com países europeus e das Américas.

Entre as novidades que o Brasil apresentou está o açúcar orgânico refinado que começa a entrar no mercado europeu. Há também o açaí liofilizado, que mantém as características nutricionais. Excelente mistura para barras de cereais, o produto também está sendo lançado nos Estados Unidos e Japão.

Outra novidade apresentada pelos brasileiros é a camu-camu, fruta extraída da Amazônia, principalmente na região de Roraima, que possui quatro vezes mais Vitamina C que a acerola. No pavilhão dos orgânicos a fruta aparece também na forma desidratada ou em polpa.

Durante o evento foram realizados ainda seminários com temas centrais envolvendo “inovação nas áreas de comércio e de culinária”. Para Alessandro Teixeira, o acesso ao mercado internacional é fundamental para mudar a base industrial brasileira. “As empresas que participam de uma feira como Anuga são testadas. E tenho certeza que as empresas brasileiras passarão no teste”, comentou Teixeira.

O OBJETIVO É COLOCAR O BRASIL NO CENTRO DO MERCADO MUNDIAL DE FRUTAS

Brasil quer competir com grandes fornecedores internacionais
A fruticultura brasileira é um dos segmentos da economia brasileira mais destacados e em contínua evolução. Atende um mercado interno em constante crescimento, e, a cada dia, vem ganhando espaço no mercado internacional, com frutas tropicais, subtropicais e de clima temperado, aumentando o volume das exportações, o número de empresas exportadoras, as variedades de frutas exportadas e os países de destino das exportações.

Para tornar este cenário cada vez mais positivo o IBRAF (Instituto Brasileiro de Frutas) coordena, em conjunto com a APEX-Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) e as associações do setor, desenvolvem desde 1998, o Projeto de Promoção das Exportações de Frutas Brasileiras e Derivados – Brazilian Fruit, que visa promover as frutas e seus derivados por meio de ações estratégicas direcionadas à todos os públicos envolvidos, desde o comprador até o consumidor final.

META
A grande meta do setor brasileiro é consolidar-se no mercado internacional não apenas como produtor de frutas tropicais, mas também de frutas subtropicais e de clima temperado, bem como de seus derivados. Para isso, é preciso capacitar o setor e expandir suas fronteiras agrícolas, sem deixar de lado a imagem de confiabilidade, continuidade e diversidade das frutas brasileiras para todo o mundo.

MERCADOS-ALVO
O programa "Brazilian Fruit" tem como alvo os mercados tradicionais, como a União Européia e os Estados Unidos, e os novos mercados, como Países Asiáticos, do Leste Europeu, Países Árabes e Países da América Latina como México, Chile e Argentina.

PRODUTOS PROMOVIDOS
No início do programa eram apenas 4 produtos promovidos, atualmente devido a grande demanda gerada pelos agentes de mercado e empresas brasileiras, atendemos quase 20 produtos entre frutas frescas e processadas, como: limão, maçã, manga, mamão, uva, abacaxi, banana, laranja, tangerina, pêssego, caqui, morango, melancia, polpas, sucos, castanha de cajú, água de coco, entre, outros.

Histórico o 1982/ 86 - Sob a coordenação da Hortinexa, foi deflagrada uma ampla campanha internacional de promoção da fruta brasileira, nos mercados europeu e norte-americano, sob o tema “Delícias do Brasil”.

1991/92 - O IBRAF - Instituto Brasileiro de Frutas, desenvolveu uma campanha para incentivo ao consumo interno, com o slogan “Fruta - Tudo de Bom para a Vida” que não foi viabilizada devido ao contexto econômico.

1996/97 - Sob a coordenação do Grupo de Trabalho da Fruta (GTF), através dos recursos operacionais do IBRAF, o Ministério da Agricultura (DENACOOP), viabilizou recursos básicos para o desenvolvimento do projeto “Promoção da Fruta Brasileira nos Mercados Interno e Internacional”.

1998/99 - Com a entrada da APEX – Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) - o projeto foi readaptado para utilização do Programa Setorial Integrado de Promoção de Exportações de Frutas Brasileiras. Neste ano foi realizado o projeto piloto.

2000 - Início da segunda fase do programa sob o apoio da Apex-Brasil, com continuidade das ações de promoção com especial enfoque no mercado Europeu.

2002 - No final do ano de 2002, os resultados do Programa Brazilian Fruit foram avaliados e novas ações foram estruturadas com a continuidade do apoio da Apex-Brasil.

O Projeto passou a ser entitulado: Programa Horizontal de Promoção das Exportações das Frutas Brasileiras, passando a promover diretamente as seguintes frutas: abacaxi, banana, limão, maçã, manga, melão, papaya e uva.

2005 - Devido a grande demanda gerada pelos agentes de mercado e empresas brasileiras, novas frutas “in natura” e produtos processados foram inseridos no projeto, bem como a ampliação dos mercados-alvo, como: Países Asiáticos, do Leste Europeu, Países Árabes e Países da América Latina.

Foram incluídas novas ações, como o Brazilian Fruit Festival, ação de promoção para comercialização e degustação de frutas em redes internacionais de varejo; e o Turismo Receptivo, que visa fidelizar o turista estrangeiro que visita o Brasil.

Introdução à Campanha

O Projeto de Promoção de Frutas e Derivados Brasileiros no Exterior – Brazilian Fruit, é desenvolvido, desde 1998, pelo Instituto Brasileiro de Frutas – IBRAF, em parceria com a APEX-Brasil (Agência de Promoção de Exportação e Investimentos).

A campanha atual envolve não apenas as frutas frescas, mas também as processadas, como sucos, polpas, água de coco, castanha de caju, entre outros.

São desenvolvidas diversas ações estratégicas para inserir os produtos brasileiros no mercado internacional. O intuito é aumentar as exportações brasileiras de frutas e derivados, e, possibilitar o acesso de um número maior de pequenos e médios produtores/ exportadores ao mercado internacional.

As ações podem ser: institucional, de promoção, comercialização, prospecção e específica.

Institucional
Um dos objetivos do projeto é promover o Brasil evidenciando uma imagem de confiabilidade, qualidade, continuidade e grande diversidade de frutas e derivados para o mundo todo, consolidando a força do Brasil como produtor não só de frutas tropicais, mas também de frutas de clima temperado, que são produzidas na entressafra de vários países europeus.

Para isso empresários brasileiros e membros do IBRAF, participam de feiras internacionais e seminários divulgando o potencial das frutas brasileiras e seus derivados. Também são convidados jornalistas e empresários internacionais para conhecer a estrutura produtiva brasileira.

Promoção
As ações promocionais tem como alvo tanto os compradores em potencial, como o consumidor final, estreitando o relacionamento com os agentes de mercado internacionais e levando ao consumidor as informações corretas da fruticultura brasileira e seus produtos.

Para o consumidor final, são desenvolvidas ações em parceria com redes internacionais de varejo e em hotéis brasileiros, com degustação e a devida orientação de como consumir as frutas brasileiras.

Comercialização
Para propiciar a efetivação de negócios são realizadas Rodadas de Negócios - International Business Meating – nas principais feiras nacionais e internacionais, entre os produtores brasileiros e compradores estrangeiros.

A ação de promoção nas redes de varejo também abre caminho para as empresas negociarem com grandes companhias de distribuição.

Prospecção
Faz parte das estratégias do setor a elaboração de um plano de ação para o acesso aos mercados não tradicionais, como Canadá, Ásia e Oriente Médio.

Essas prospecções envolvem pesquisas e um mapeamento do país-alvo, para dar suporte ao acesso e divulgação dos produtos brasileiros.

Ações específicas
Além das ações citadas que englobam diversas culturas, alguns setores, como: melão, maçã, manga, uva, citrus (limão, laranja e tangerina), frutas vermelhas (morango, mirtilo, framboesa), e processados, realizam ações específicas, principalmente com degustação em redes supermercadistas, para promover seus produtos.

O Programa de Promoção das Exportações das Frutas Brasileiras e Derivados, como parte de sua estratégia global, vem promovendo setores / frutas que se mostram preparados, capacitados e com volume de oferta segura para o mercado internacional de forma a atender com competência as demandas.

No início do programa, em 1998, eram promovidas apenas 4 frutas, atualmente o Brazilian Fruit atende mais de 15 produtos entre frutas frescas e processadas, o que demonstra a evolução do projeto e da organização da base frutícola.

Frutas Frescas: limão, maçã, manga, melão, mamão, uva, abacaxi, banana, laranja, tangerina, pêssego, caqui, morango e melancia.

Frutas Processadas: polpas, sucos, castanha de cajú, água de coco, entre outras.

A medida que os demais setores da fruticultura nacional se mostrarem preparados e com volume de oferta que suporte campanhas promocionais, os mesmos serão inseridos e integrados ao Programa Brazilian Fruit

A estratégia de Marketing e de promoção das frutas brasileiras esta fundamentada no conceito de Círculo Virtuoso e Círculo da Comunicação, onde uma série de ações são ordenadamente estruturadas e implementadas, sempre tendo como alvo os consumidores e clientes melhor visualizados pelo esquema que se segue.

A participação de empresas exportadoras e associações nas mais importantes feiras setorias e multisetoriais de alimentos do mundo é uma das pré-condições para obtermos sucesso no mercado global.

O Projeto Horizontal das Frutas Brasileiras e Derivados desenvolve os estandes do Brasil, de modo a criar uma unidade em sua Comunicação Visual.

A idéia principal é a de resgatar as imagens, cores, sabores e sons das nossas frutas, pomares, praias, música e cultura, explorando o que o Brasil tem de melhor, sem vender apenas estereótipos reconhecidos no exterior, contribuindo com a venda de imagem positiva do país.

O tratamento promocional diferenciado permite também ampliar as possibilidades de êxito individual de cada expositor, através de uma presença coletiva de maior impacto e atratividade para os compradores externos.

Ou seja, ainda que as empresas permaneçam cuidando objetivamente de seus módulos, o conceito de Pavilhão Brasileiro, estabelecido pelo projeto, é trabalhado sob os aspectos programação visual, marketing e ações promocionais.

O intuito das feiras internacionais é promover os produtos e marcas brasileiras através de uma estratégia integrada, divulgar as empresas e entidades, gerar banco de dados, triar e direcionar o trade para os expositores, promover a cultura brasileira e apresentar o Brasil como um país capaz de atender com competência a diversas demandas.

ABACAXI Pérola

O objetivo da atividade de promoção setorial do Abacaxi foi a de realizar Prospecção, de forma a proporcionar informações suficientes para adoção de uma futura estratégia de promoção assim como técnicas e ferramentas mais adequadas para comunicar e divulgar o Abacaxi Pérola no exterior.

O foco da promoção buscou:
Agentes de mercado (traders).
Redes de Supermercados.
Público Consumidor.

a. Estratégia de Marketing e Ações Comerciais
Para alcançar os objetivos propostos foram realizadas peças de promoção e marketing ressaltando as características intrínsecas do Abacaxi Pérola.

Foram explorados os aspectos, como: as características sensoriais (sabor), nutricionais e fácil digestão (complementação da dieta para crianças, idosos, etc).

A primeira ação para oferecer a Abacaxi Pérola com alta qualidade no mercado internacional é oferecer frutas bem conservadas. Para isso os produtores do Tocantins, da Associação Cepamir realizam parcerias com orgãos técnicos a fim de aprimorar as tecnologias de conservação e manutenção da pós-colheita da fruta (shelf life). Dentro das ações comerciais foi realizada uma parceira com a Rede Carrefour que possiblitou a compra e divulgação da Fruta para a Polônia, Espanha e Portugal.

Limão Taiti

O objetivo das atividades de promoção setorial do limão taiti, devido às peculiaridades deste fruto e suas formas de uso completamente diversas das frutas e metodologias de promoção, foi direcionado à demonstrar as propriedades funcionais do LIMÃO como ingrediente na preparação de bebidas e pratos variados.

Como mercados alvo para limão taiti foram priorizados os países europeus.

Os esforços promocionais foram focados em: Supermercados, frutarias, lojas especializadas; Redes de Hotéis/Restaurantes; Bares/Associações de Barmen e Associações de Gastronomia.

Mídia Especializada;
Importadores e Distribuidores;

A. Estratégia de Marketing utilizada

Através de metodologia adequada, o segmento objetivou ampliar o consumo do limão Taiti, lembrando constantemente da sua existência e utilidade, como ingrediente ou componente de uma preparação alimentar.

No âmbito dos agentes de mercado (traders), o objetivo foi firmar a posição de destaque do Brasil como grande e competente supridor de limão Taiti.

A idéia se baseou em diferenciar a oferta brasileira da mexicana, sendo o México o nosso maior concorrente. Tal diferenciação não pode ser feita pelas características do produto em si, absolutamente igual, mas sim pela imagem da cadeia produtiva brasileira, que desenvolveu uma tecnologia mais aprimorada e consegue produzir limões com mais suco que os produzidos no México.

Assim sendo, participaram da promoção do limão taiti brasileiro no exterior, os grandes setores de demanda para o fruto.

As bebidas, seja a caipirinha, seja a batida de limão, seja a limonada e a culinária, com duas vertentes: o uso do suco de limão taiti para o tempero de peixes e carnes brancas, frutos do mar e embutidos e o uso da essência do limão (contida na casca) para condimentar pratos da cozinha do sudeste asiático, altamente na moda atualmente na Europa.

B. Ações de Promoção

Junto aos Agentes de Mercado
Ações de promoção integrada com outros setores, comunicando e demonstrando as formas de utilização do limão, na forma de caipirinha, batidas etc, e como tempero peculiar em tira gostos à base de pescado, carne de porco, de frango e embutidos.

A demonstração de uso foi apoiada por meios visuais (vídeos), panfletos sucintos, porém comunicando a mensagem correta. Artigos e notícias cujo conteúdo deve divulgar e tornar conhecido a excelência e eficiência da nossa cadeia do limão.

Junto aos consumidores
Ações de merchandising, (promoções casadas com cachaça, etc.) e presença constante junto aos formadores de opinião e influenciadores de hábitos como; bares/barmen, restaurantes/chefes de cozinha. Realizamos uma parceria com a ABIEC na durante evento na Rússia.

Brasil irá priorizar exportação com maior valor agregado

O Brasil intensificará a busca por uma presença maior de produtos com valor agregado no mercado internacional e também para expandir e aprofundar estes mercados, incentivando a inteligência comercial.

É o que espera Alessandro Teixeira, economista que assumiu, no último dia 18, a presidência da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), três anos após ter atuado como vice-presidente executivo do órgão.

Para agregar valor a pauta de exportação brasileira, altamente concentrada na venda de commodities agrícolas, a Agência irá promover a criação de marcas e a diferenciação dos produtos vendidos, disse Teixeira, em entrevista ao DCI.

"Exportar commodities é fundamental, a demanda mundial por alimentos vai crescer e, por isso, o preço deve continuar subindo. Mas a nossa diretriz é que o Brasil não seja um eterno exportador de commodities", ressalta Teixeira.

Uma das estratégias é agregar valor no próprio setor alimentício, via produtos funcionais - "um leite com vitaminas, por exemplo, passa a ser uma commodity de valor diferenciado. Cafés especiais, cosméticos, temos vários setores que podem ter valor agregado", justifica Teixeira.

A Apex-Brasil, dentro da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, deve promover ainda alguns setores tidos como estratégicos para a competitividade brasileira.

Os setores de software, semicondutores, bens de capital - setores perpassam todas as atividades de produção industrial - além de fármacos e medicamentos pelo processo de inovação.

Também nos setores em que o Brasil possui condições de disputar em igualdade competitiva com países desenvolvidos, como biotecnologia, nanotecnologia e energias renováveis.

De acordo com Teixeira, a sua entrada na Apex fortalecerá o setor de etanol. "Nós dividiremos com o Ministério das Relações Exteriores a interlocução com os EUA para produção conjunta de etanol em terceiros mercados, prevista no memorando de entendimento assinado com o Brasil", explica Teixeira.

A intenção é, não só exportar, mas internacionalizar o etanol brasileiro, já que o país é um dos principais produtores mundiais do biocombustível.

Atualmente, Teixeira acumula a direção da Apex-Brasil, deixada por Juan Quirós, e a presidência Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). "O fato de ter presidido a ABDI me faz um conhecedor da política industrial e isso é fundamental para promover a exportação na cadeia produtiva.

Hoje eu tenho mais condições de debater com os setores brasileiros", avalia o economista. A Apex deve aprofundar o diálogo com os setores contidos no Plano Estratégico Setorial (PES) da ABDI - Frutas Processadas; Têxtil; Cosméticos; Equipamentos Médicos e Odontológicos; Plásticos; Aeronáutico; Calçados; Automação Industrial; Móveis e Confecção. "É fundamental fazer o planejamento com os setores para melhorar a oferta exportável e aumentar participação brasileira no mercado internacional", justifica.

Internacionalização
Um outro desafio para o novo presidente da Apex é a internacionalização da cadeia produtiva brasileira. "A nossa idéia é que a agência seja um nódulo da rede internacional que o Brasil precisa constituir em curto prazo.

Os Centros de Distribuição são uma parte de uma estratégia de internacionalização da cadeia produtiva brasileira, devemos inaugurar novas unidades na Rússia, China e África do Sul", antecipa.

A Apex trabalha com 33 mercados prioritários nos diferentes continentes.

"Trabalhamos com um número elevado de mercados prioritários e, por isso, temos que priorizar os segmentos e os canais de distribuição mais adequados em cada mercado".

Na Ásia, os focos são China, Japão, Índia e Cingapura; no Oriente Médio, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita; nas Américas, o foco são os Estados Unidos, México, a Colômbia, o Chile, a Argentina e a Costa Rica; na Europa, a Alemanha, o Reino Unido, Portugal, Rússia e Polônia; e no continente africano a atuação será ampliada, com ações de promoção na África do Sul, Angola, Nigéria, Marrocos e Egito -além de ações no âmbito do Mercosul.

A Apex-Brasil foi criada com o objetivo estimular as exportações a partir de ações de promoção comercial, aumentando a visibilidade de produtos e serviços brasileiros no exterior.

Também deve criar instrumentos que agilizem os canais de distribuição.

Em 2007, a meta é atingir US$ 152 bilhões em exportação, valor 11% acima do alcançado em 2006, de US$ 137,5 bilhões.

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